Autorretrato

Depois de você, Aura
Duas versões minhas nasceram
A que levanta passa batom e vai pro mundo 
A que faz arte com a dor e se liberta 
Nunca me senti tão estranha e sem encaixe 
nesse mundo 
Um corpo e alma sangrando
Meu auto-retrato não tem um coração 
Mas ele chora seu vazio 
Duas faces minhas me suportando 
Pq sozinha, sozinha eu não conseguiria 
Já me basta viver esse luto sem colo e só 
O vermelho intenso cor de sangue 
e o preto do meu mais profundo abismo, 
tudo isso coexistindo e revelando 
o furacão que habita agora em mim 

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