Escrevo, logo depois nem sinto

Palavras são minha válvula de escape

se encaixam, curam, saram 

Quando escrevia nos meus diários 

Sempre com cadeados

E acompanhados das minhas

canetas coloridas de gel 

Eu não imaginava que seria quem sou

Sonhadora de paixões avassaladoras

Que me reviram as entranhas 

Mas me inspiram

Atenta aos mínimos detalhes 

Viajante das ideias

Meus escapes são por vias orais 

Me fazendo presente nas palavras 

Já que a bailarina quebrou as pernas 

A criatividade fértil sempre me recria 

Abraçar o mundo é pesado

Mas sentir, ah sentir é uma delícia

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