Foco, amor e trevas!
Eu cai semana passada, cai como fruto maduro que despenca da árvore quando não faz mais sentido ficar lá. Na real eu inventei de descer 14 andares, de dois em dois degraus, para compensar o risoto delicioso que havia comido na noite anterior.
Cai e ralei os dois joelhos, um deles exatamente em cima de uma cicatriz de um machucado que fiz por volta dos 10 anos. Naquela ocasião, lembro que minha mãe disse: “você já caiu de bicicleta, caiu de patinete e por que foi pegar o patins? Precisa focar filha, repare em quantos aprendizados. Tenta aprender bem uma coisa de cada vez”.
Quando me vi sentada no chão, com o sangue quente escorrendo pelas pernas e o relógio anunciando que se eu não levantasse logo dali chegaria atrasada, lembrei da minha mãe falando tudo isso. Foi quando parei pra pensar como minha vida mudou desde aquele dia.
Levantei com as lágrimas escorrendo, não sei se pela lembrança ou pela dor, mas foi exatamente na semana que algo mudou dentro de mim. Houve um estralo, como se agosto anunciasse o que está por vir, uma remessa do ano repleta de transformação.
Nem sempre são arco-íris e borboletas, nem sempre as coisas são como parecem. Eu pregadora do “amor e luz” também tenho meus lados não “aceitáveis”, e não tenho problema nenhum em assumir isso, assim como você, mero ser humano e mortal, também deveria assumir.
O lance é que a gente precisa passar pelas trevas para encontrar a luz, é preciso ficar algumas vezes de joelhos, ver tudo às avessas. A reflexão sobre foco me foi válida naquele momento, mas muitas coisas estampadas na minha cara, só ficaram claras quando me vi literalmente no chão.
Tudo continua girando e girando, em círculos e de ponta cabeça. E eu quero ir mais fundo, virar a coisa toda de cabeça pra baixo. Vou encontrar as coisas que eles dizem que não podem ser encontradas. Eu compartilharei este amor que eu encontro com todo mundo, e as trevas, também hei de compartilhar.
Afinal somos amor e também escuridão. De todas as cores e todos os tons. Um sopro de vida e um suspiro da morte. A consciência meu caro, do yong e yang, do equilíbrio, é que faz a diferença no caminho da evolução. E o foco desfocado da minha existência errante, também me torna eterna aprendiz dos meus erros e acertos, numa mensuração capaz de me permitir mudar, quando isso me for necessário. Por isso, foco e seguimos!
Os tombos acontecem exatamente para paramos e pensarmos para onde queremos ir. Se não existir a escuridão, não teremos esse tempo para avaliar tudo. Mudanças são sempre desafiadoras, mas elas aparecem pra nos transformar e evoluir. Gratidão por nossos caminhos terem ser cruzado. Somos seres humanos e estamos em constante evolução e alcançamos isso quando conseguimos parar e mudar o rumo. Continue sempre escrevendo. Parabéns por colocar sentimentos tão profundos de uma forma tão clara e tocante como estão aqui. <3
ResponderExcluirQue delicia receber essa mensagem. Disse tudo, cada fase é uma transformação e semelhante sempre atrai semelhante. Bom ter vc na caminhada, amora. Beijos com amor, Iná
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