Um desabafo sobre minha “falta” de inspiração!


Cada ser que passa, cada sorriso, cada brilho do sol entre as nuvens, tudo é inspiração, tudo pode se transformar em textos que poetizam a nossa existência.

Preciso confessar que a vida tem mais cores e as inspirações são mais inspiradoras (sim, há níveis de inspiração) quando as minhas mãos ficam suadas e sinto borboletas na barriga.

Não que eu não enxergue amor em cada olhar que cruza o meu, não que a chuva que cai constantemente não me deixe mais introspectiva, mas falar sobre tudo isso é mais fácil quando meu coração morre de amor ou de amores.

Hoje sou calmaria, estrada sem trânsito, sol depois da tempestade. Sou coração de paixões repentinas e passageiras, sou cama quente mas vazia, repleta de eu.

Mas se assim como eu você vive de inquietudes sempre vai achar que tem um “problema” em sua vida, nunca vai se conformar com como ela está.

Hoje vindo trabalhar eu li uma frase dessas de traseira de caminhão que dizia “Não se pode ter absolutamente tudo na vida” e não é que isso me rendeu uma baita reflexão.

É, porque, veja só: você pode ter o emprego que sempre quis, estar bem na sua vida amorosa ou solteiroça (tá essa palavra não existe, mas acho que cabe no contexto), ter uma vida social que gosta e mesmo assim estar insatisfeito porque trabalha demais, por exemplo.

Tudo bem, eu até concordo com essa frase feita para acolher os insatisfeitos, nada acomodados e inquietos de plantão, mas prefiro pensar que a gente pode sim ter qualquer coisa que quiser na vida, mas não tudo de uma vez.

Hoje, por exemplo, não procuro um alguém pra chamar de “meu” (esse lance do “meu” daria uma outra boa reflexão), mas procuro em cada gota de chuva, em cada farol, em cada sorriso um pouco de inspiração.

Porque sim, não dá pra ter tudo ao mesmo tempo, mas NÃO, não dá pra esperar tudo se ajeitar pra sonhar. Por isso, nessas minhas entrelinhas de desabafos eu me perco e me acho cada dia mais.

Não sei muito bem aonde estou indo, mas sei bem certo como posso percorrer minha caminhada. E se você assim como eu, sente que falta mais uma coisinha pra ajustar a vida, sente-se na grama molhada, observe o céu e perceba a beleza de tudo que é efêmero, que passa, mas que pouco a pouco te constrói.



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