O que tenho aprendido no limbo
18h25, tá frio lá fora. Há uns meses isso não significaria muita coisa. Provavelmente, iria me arrastando até a padaria para tomar uma sopa e ficaria feliz, e voltaria pros meus 8978748787 jobs, sempre incessantes. Mas inquieta como sou, encarei mais uma desconstrução, e agora, nesse momento, estou vivendo o que apelidei de limbo. Que é aquele tempo que você nem encerrou de vez um ciclo e nem começou outro. O limbo é interessante, porque ele te prepara pro que estar por vir, mas obrigatoriamente faz você se deparar com um “passado”, ou o que está prestes à se tornar. É meio como se a vida virasse e falasse: “é isso mesmo?” É um lugar de paradoxos, de escolhas, de parar na encruzilhada e saber que se anda por uma estrada, que de repente vai virar outra. Que bom! O caminho tem sido diferente desde minha decisão. As flores estão mais presentes, há mais pássaros e as manhãs frias com o sol quentinho tem sido mais frequentes. A mesa onde eu sento é a mesma, mas não é. Nem ela, nem as pessoa...