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Mostrando postagens de setembro, 2016

O que tenho aprendido no limbo

18h25, tá frio lá fora. Há uns meses isso não significaria muita coisa. Provavelmente, iria me arrastando até a padaria para tomar uma sopa e ficaria feliz, e voltaria pros meus 8978748787 jobs, sempre incessantes. Mas inquieta como sou, encarei mais uma desconstrução, e agora, nesse momento, estou vivendo o que apelidei de limbo. Que é aquele tempo que você nem encerrou de vez um ciclo e nem começou outro. O limbo é interessante, porque ele te prepara pro que estar por vir, mas obrigatoriamente faz você se deparar com um “passado”, ou o que está prestes à se tornar. É meio como se a vida virasse e falasse: “é isso mesmo?” É um lugar de paradoxos, de escolhas, de parar na encruzilhada e saber que se anda por uma estrada, que de repente vai virar outra. Que bom! O caminho tem sido diferente desde minha decisão. As flores estão mais presentes, há mais pássaros e as manhãs frias com o sol quentinho tem sido mais frequentes. A mesa onde eu sento é a mesma, mas não é. Nem ela, nem as pessoa...

Sempre seremos eu e você!

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Eu senti que era momento de arrancar o último fio de ligação daquele grande amor. Eu olharia anúncios de apartamentos, sem me preocupar se teria espaço pra um quarto de bagunça, uma laje pros churrascos de domingo ou espaço pra um ou dois dogs. Os amigos que não me veem há um tempo, ainda perguntam de você e como nos perdemos. “Vocês brigavam muito, mas nunca vi tamanha intensidade em um relacionamento”. É, foi intenso, do primeiro beijo, até o último adeus. Às vezes eu tenho saudade do frio na barriga, dos cafés na cama, de como você rebolava dançando, de como me fazia rir. Sinto falta dos seus braços, de como fazia cafuné, de como me amava em cada pedacinho, e como declarava isso pra toda humanidade. Esses dias cantei no karaokê. Pedi aquela clássica “o que é que vou fazer com essa tal liberdade?”. Recitei muitas vezes essa música após a nossa partida. Apesar de no início achar impossível, eu arranjei muita coisa pra fazer ao me descobrir inteiramente livre, mas confesso que ...

Um chá quentinho num dia frio!

Você me inspira! Dos jeitos mais bizarros e inimagináveis possíveis. E olha, depois disso tudo não dá mais pra disfarçar, me apaixonei. Pronto, assumi. Pronto, confessei. Minhas amigas relatavam todos os meus sintomas há algum tempo. Mas puta que o pariu como é difícil a gente assumir quando alguém mexe com a gente. Foi inevitável, eu fui descendo ladeira abaixo, sem pensar que poderia puxar o freio de mão. Me joguei do topo mais alto da montanha. E, cá estamos. Depois de te fotografar pelo menos 200 vezes mentalmente, você e o seu sempre back no canto da boca, de me deliciar no nosso sexo transcendental (como você mesmo diria), depois de fazer morada na lente da sua câmera, de cozinhar com o que tem na geladeira e dividir muitas e muitas brejas. Você me deixa a flor da pele. Uma parafernália inconstante e aleatória de todas minhas versões. Tenho certeza que minhas amigas me perguntariam o que aconteceu, porque moço, você não tem nada que eu observaria em alguém, mas ao mesmo tem...

Me drogue do seu amor!

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Dizem que o ecstasy é a melhor droga pro love. Lembro que um brother me disse certa vez: “um dos melhores sexos que já fiz na vida, foi após usar essa parada. Éramos apenas um ser, com as percepções mais intensas do mundo ”. Confesso que sou daquelas que se jogam em tudo, mas tenho um cagaço enorme pra algumas coisas - talvez por um residual de criação tradicional e por ser muito sensitiva -, essa é uma delas, mas é impossível negar que rola a curiosidade de saber como é essa miscelânea de sentimentos e sensações. O fato é que, ontem depois de deitarmos e eu olhar pra você, sob a luz incrível que atravessava a janela entreaberta do seu quarto, me lembrei dessa conversa de bar. E fiquei pensando se aquela porra toda, não intencional de uma terça aleatória, chega perto dessa sensação. Confesso que disparadamente você passou à habitar o topo da minha lista. Não, eu não tenho um ranking escrito e detalhado dos meus crushs, mas a gente sabe quando alguns momentos merecem destaque na...

Quando você toca!

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O mundo para, somos só eu e você, numa conexão transcendental muito intensa e difícil de explicar. Cada nota, é tão singular, é uma junção de vivências que não são daqui, eu gostaria de ter todas as palavras pra verbalizar e transformar as lágrimas que por vezes rolam, em poesia, texto ou um verbete que seja. O som se espalha aos poucos pelos cômodos, você deixa o back no canto da boca de um jeito sem igual (juro, eu já fotografei essa imagem mil vezes na minha memória) e eu só consigo sentir a sintonia em cada nota feita intuitivamente e me sinto em imensa harmonia com sua alma. Cada vez que me toca me tem mais, cada vez que me entrego sou mais sua, cada vez que nos vemos mais revivemos o que já existiu em outra hora, outra vida. Então eu te aviso, moleque true, se for pra eu ser uma aventura passageira pare já, quer dizer, não pare nunca mais! Já era, eu já quero cada pedacinho de você, quero que continue despindo minhas palavras e transborde a varanda mais vazia do meu peito, que ...