O espírito segue, e o espírito natalino me deixa assim!



Lembro que quando era criança eu esperava ansiosamente o Natal para ver toda família reunida, brincar de amigo secreto, tentar adivinhar os tantos presentes debaixo daquela linda árvore enfeitada, cheia de magia.

Depois, um pouco maior, eu logo aprendi como a união da família me daria forças. Foram seis Natais com menos lugares na mesa, cada ano com uma pessoa especial ausente em corpo físico (vô, primo, mãe, pai e em seguida minhas duas avós).

Rezar em volta daquela mesa o Pai Nosso, de mãos dados com toda origem, era quase que uma súplica para que todos estivem ali, reunidos no ano que vem.

O tempo passou, os laços familiares se fortaleceram, mesmo que no dia a dia não pareça. O fato é que: essa base fez grande parte de quem me tornei. Aprendi ali, no meio de uma oração, que o que vale mesmo é a nossa passagem e que a gente precisa viver um dia de cada vez, curtindo cada singelo momento.

Hoje eu sai tarde do trabalho, a família na correria para os últimos preparativos e cá estamos mais uma vez, nos organizando para estar juntos. E essa nostalgia toda me fez pensar em muita coisa...

Voltando pra casa, vi como os enfeites estão em menor quantidade nas ruas, mas percebi também que a minha luzinha interna está mais do que acesa, não só hoje, mas especialmente todos os dias desse último ano.

Parei o carro na rua e antes de entrar na garagem só consegui ter gratidão. Pela caminhada, pela oportunidade de viver com pessoas que já partiram desse mundo, pela família na qual nasci.

A vida passa, e ela não espera a gente tá pronto pra parte difícil. Mas no final tudo é passageiro, as dores, as alegrias, as situações e também as pessoas. Por isso, por mais que em algumas horas eu ache essa data tão comercial, eu quero mais do que agradecer, quero amar cada ser da minha família, com toda minha intensidade.

E quando o relógio tocar as doze badaladas da noite, vamos rezar (como tradicionalmente fazemos todos os anos), e nesse momento eu não quero questionar nada. Nem de onde viemos, pra onde vamos e se há algo certo nessa vida.

Só quero agradecer, com a certeza de que a nossa existência é curta, que só temos uma chance e que todas as lembranças jamais irão desaparecer. Não importa o que virá, nossa força está ali e assim como a vida, a nossa alma segue! Por isso, que não só nessa data, mas que todos os dias da nossa passagem tentemos sempre fazer e ser o nosso MELHOR!

Feliz Natal!

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