A resposta é sim ou não: quer ficar?

Eu disse alguns “nãos” por força do acaso, que me fazia acreditar que não era o momento. E eu disse “sim” por força do destino, que dizia que eu podia tentar. Ou seja, entre os desencontros e reencontros, entre os “sim” e os “nãos” você se fez presente, mesmo que ausente, nessa minha loucura de controlar o incontrolável.
Cinco anos se passaram, primeira vez incrível, tudo perfeito e gostoso. Mais longos três meses, onde parecia mais difícil conciliar a agenda, do que desenganar a aceleração dos dias corridos do calendário.
Na minha confusão filosófica você se faz, na sua loucura simplória entre um back e a sempre última breja eu me desfaço. Coisa louca essa de se apaixonar. Coisa louca essa da gente se sentir e depois nem se ligar.
Entre todos os casos que vivi, você foi daqueles que tinha resposta imediata na minha lista. Com direito a deitar no sofá tão desejado, por outros que nem sequer pisaram os pés na minha casa.
De todos os loucos amores, de todas as minhas insanidades de sentir, a intensidade por ti é garantida e é só por isso, que queria que aquele relógio parasse ali. Quando senti teu corpo vibrando com minha amostra grátis, quando te vi dormir depois de tudo, feliz.
Você disse “não fala nada, só sente” e eu senti cada arrepio que o seu calor me causou, como se o nosso encontro desencontrado no reencontro fosse datado há épocas. Como se você conhecesse meu corpo e soubesse o que quero ouvir.
Dentre as palavras embriagadas, misturadas com medo, amor e tesão, eu me entreguei. E me entreguei como para poucos fiz. E nessa sua loucura inédita e cheia de percepções, você afirmou que sabia que só com você era assim.
Foi beijo trocado, suor derramado, corpo colado, você dentro de mim. Teu cheiro ainda está marcado e eu só espero que seja sempre assim.
Você desce pra praia, me chama mentalmente nas suas citações ou desilusões, e espera que eu dê mais um passo. No meu vazio inteiro me esbaldo e cogito uma troca de roteiro pra essa última semana do ano.
A vida me leva pra outros caminhos, e entre o esperar e a esperança, eu irei esperançar. Porque né, você sabe que sou inteira, mas com muitas variáveis, que sou intensa na minha metade e simplista, e que uma metade ora é louca, ora é naturalista.
Como eu sou minha própria oposta, amando sol e chuva, companhia e solidão, gelado e quente, yoga e piração, eu tenho metade que te deseja, e metade que te deseja mais ainda.
Mas naquela troca de mensagens só consegui dizer pra você curtir o Sol, enquanto aqui faz frio. Mas quando voltar, eu prometo que vou evitar desculpas e que vou perguntar se aquele jogo de me apresentar pros amigos, de ver filme até clarear e de se declarar na cama era só coisa de momento ou se cada palavra era revestida de verdade.
Desculpe, é que nessa intensa intensidade que insiste em me acompanhar eu preciso do meu oposto, da clareza e sem mimimi, pra equilibrar. Então, chega dessa de tentar desistir ou decifrar. Abri meu coração pela primeira vez, e a minha pergunta é: quer ficar?
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