Pronto, falei, tô aliviada!

Oi, tudo bem? Eu passei pra saber como anda sua vida, e se as borboletas continuam dando cambalhotas no seu estômago. Espero que sim. Ontem no caminho de volta eu lembrei de você. Fiz um caminho que há tempos não fazia e me lembrei de como percorremos tantas vezes aquelas ruas, abraçadinhos na sua moto. Eu com o pescoço dolorido de tanta tensão e você querendo conversar como se não percebesse, achando que iria me acalmar. Deu saudade gostosa sabe! Daquelas que não machuca o coração. Só saudade daquele tempo que fomos tão felizes. Cheguei até a pensar em qual curva da trincheira deixamos de caminhar no mesmo ritmo, mas preferi abafar essa ideia e me focar no que sentia meu coração. Quando cheguei em casa eu abri um vinho, preferi não ligar a TV e sentei no sofá. Olhei aquela parede, que ficamos questionando de que cor pintaríamos. Olhei tudo de um jeito diferente e percebi que aquela lugar que era tão nosso, já não me lembra mais você. Eu agradeci à Deus, ao universo e à você ...

Ela é assim! Corta o cabelo de acordo com o estado da sua alma. Coloca salto pra estar mais perto das alturas, e não pra ouvir “pra onde vamos hoje?”. Pinta os lábios e as unhas de acordo com sua líbido. É família, mas também é do mundo. Tem amigos nerds, rockeiros, pagodeiros, veganos, centrados e loucos. Tem um pouco de doçura e loucura dentro dela. Vai da breja no boteco ao vinho num restaurante requintado. Seu guarda-roupa é uma extensão da sua alma. Passa do hippie ao social, sem drama. Vai da paz ao furacão em dois minutos. Ela é amor, mas sabe ser desapego e um tanto de loucura. Alguns chamam ela de luz, outros de louca, o fato é que a maioria a acha engraçada. Não come carne, cozinha quando dá na telha, e não se importa em comer miojo se chegou cansada. Olha nos olhos de cada pessoa que passa na sua vida, estende a mão, ilumina caminhos. Mas também sabe tacar o “foda-se” quando necessário. Lê cinco livros ao mesmo tempo, assiste vários filmes e não lembra o nome. Tem uma cois...

10h15, entrei correndo no elevador, tô atrasada, minha caixa de e-mails apita 200 novas mensagens, o whatsapp tá cheio de gente reclamando que eu não respondi. Dormi tarde depois de matar uma garrafa de vinho pensando em você. Perdi a hora, fui voando pro banho, me atirei no guarda-roupa e coloquei uma roupa qualquer. O trânsito me mostrou que não tô no controle da situação e que essa vai ser uma semana daquelas. Cinco compromissos no mesmo horário, me esqueci que tinha marcado unha e de pagar uma conta importante. Desviei o olhar no meio da reunião, ignorei sua mensagem, seu email, seu sms, sua ligação. Numa pausa do meu dia me vi stalkeando sua timeline e tentando entender o que acontece nessa sua vidinha sem sal e açúcar. Você trouxe carolina de novo, aquele doce que adoro. Agradeci com sorriso de canto sem graça, desviei de novo o olhar. E não só isso, desviei o foco e qualquer coisa que se refira à sua vida. Porque, oras, eu não vou insistir em coisas abstratas. Em tudo ...

Status de relacionamento alterado. E eu não senti nada, nadinha, foi simplesmente indiferente. Decidi esperar passar a noite. Sentei no escuro, acendi um cigarro, sai e fui olhar a lua tentando revirar alguma coisa dentro de mim, chorar, sentir alivio, qualquer coisa que me desse sinais de que ainda existe um pingo de sentimento aqui dentro. Mas nada! Hoje não mais. Hoje não dói. Hoje não dói porque eu assimilei o fim que eu comecei e meu coração voltou a ser calmaria. Hoje falo de você com tranquilidade e minha consciência, vai entender, ela está tranquila em sentir nada. Lembro perfeitamente do dia em que acordei e senti que era momento de mudança. Era fato: do jeito que tava não dava para ficar. Essas memórias passaram como um filme na minha cabeça ontem... Começando pelo momento que ensaiei o fechamento desse ciclo, pelas promessas que fiz, pelas metas. Lembrei da tarde em que levantei cheinha de coragem, dessa mesma cadeira que estou sentada agora, para deixar descer pelo...