A esperança é a última que morre, mas morre!

Na real o ponto final mesmo a gente só coloca quando decidimos lá no fundo da nossa alma. E é então que a gente cresce e deixa as pessoas irem, e não falo irem no sentido de acabar, “let it go” no sentido de começar a desocupar um espaço no coração e nos pensamentos de quem não merece mais.
Cada dia tenho me questionado mais e mais e me desconstruindo no sentido das relações. Tipo, o que faz a gente querer, desquerer, mudar de rumo, ideias, valores, posturas? Quem nunca, por exemplo, não chorou na calada da noite pensando como alguém que nos prometeu tanta coisa vez tudo ao contrário, um verdadeiro foda-se.
É como se tudo fosse um antigo contos de fadas da Disney e quando acaba, puf, era só uma historinha. Pra mim algumas pessoas falam da boca pra fora e outras cumprem o que lhe é favorável, sem se importar em respeitar a dor alheia. E mais que isso, a linda história que se passou.
Se eu não acreditasse no amor, e nas pessoas, facilmente estaria ao lado daqueles que gritam aos quatro ventos que: “quanto mais conheço os humanos, mais amo meu cachorro” (não que não o ame a cada dia mais). O fato é que: só o amor, e digo isso no sentido incondicional da coisa, que é capaz de permanecer independente do que aconteça.
Com ele sempre vem um punhado de respeito e bondade. E voltando até à um filme da Disney, aprendi que o amor, não importa de que forma se manifeste é o que salva. E esse pode ser o amor de irmã, amiga, pai, mãe. Amor por amor. E só!
Talvez nesse emaranhado de pensamentos que por ora me fazem lembrar quem sou, percebo que: tentar achar um culpado é perda de tempo. E mais que isso, percebo que quanto menos a gente se conhece, menos sabemos nossa essência e nossos verdadeiros valores, e então mais difícil é construir verdadeiras fortaleças nos relacionamentos.
Nessa hora, a gente lembra de todas as vezes que abrimos mãos de nós mesmos pelo outro, de como nos doamos de coração e alma, de como fomos intensas. Mas para o outro nada é suficiente, parece que tudo foi em vão. É quando aquela famosa frase me vem à mente: “ mapa não é território, mesmo”.
Enfim, quando o castelo (de areia) desmorona a gente se pega acompanhada de uma boa dose de álcool, uns bons maços de cigarros e numa DR, só que agora consigo. E a gente percebe (depois de agir ou não) que gritar e socar não vai fazer passar. Questionar ou cutucar as feridas alheias, é também cutucar um pouco as nossas.
Eu sei que a gente sempre tem uma vozinha lá dentro que acha que ainda tem jeito, mesmo depois do fim. Mesmo quando a gente sabe que não tem. Mas vem cá: não se culpe por isso! Não se culpe por ser quem é, por ter amado, se entregado, e honrado mesmo depois do término formalizado.
O copo meio cheio sempre existe, é questão de ponto de vista sim. Mas se é difícil vira de ponta cabeça pra olhar, porque é depois disso tudo que a gente cresce. A vida continua e querendo ou não, a gente vai ter que tomar algumas boas doses de coragem, força, amor próprio ou qualquer coisa que seja pra se chacoalhar. E com o tempo percebemos que o fundo do poço foi só uma oportunidade de deixar o mar desconstruir aquele castelo de mentirinha, pra encontrarmos a nossa verdadeira fortaleça interior.
É hora de descer pro sótão da alma, arregaçar as mangas e começar uma verdadeira faxina. Pode ser que você se pegue no chão de novo, revendo aquelas dores tão abertas e profundas, mas de novo, tudo passa, nem que o Merthiolate da sua vida esteja encontrado num novo amor, hobby, amizade, livro e até no Netflix.
Depois de jogar fora tudo o que precisa, mude essa roupa. Vá dar uma olhada na janela lá fora, ainda existe amor, ainda existe vida. E como poderíamos evoluir se não tivéssemos tanta coisa pra rever e deixar ir?
Acredite em mim, uma hora passa, e o amor vai renascer em você! Deixe de questionar o outro, há um universo mais incrível que imagina e ele não está do lado de fora. Por isso, insisto, volte-se pra você, pois as únicas perguntas que conseguirá ter as verdadeiras respostas, não são aquelas relacionados ao mundo aqui fora.
Depois disso seja grata e abra novamente o coração. Afinal pouquíssimas coisas fazem um cafuné tão gostoso na alma quando sabemos que atravessamos mais uma travessia com muito respeito e consideração, mesmo que o que tenhamos recebido tenha sido diferente.
É, a esperança é a última que morre, mas morre. Mas assim como uma fênix é a primeira que renasce, sempre mais linda e forte! Tenha esperança na vida, no amor, em você! As vezes a gente precisa morrer um pouco pra ressurgir numa versão melhor de nós mesmos! Por isso insisto, não deixe de ACREDITAR!
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