Não sei como, mas eu já te esperava!


Eu te esperei! Por noites, dias, talvez algumas vidas. E foi ali, na nossa primeira troca de olhares que reparei e senti a imensidão da sua energia. Mal sabia que, tempos depois, uma movimentação minha no universo atingiria você.

E talvez aí foi dada a largada, nosso primeiro ponto de partida. Eu sei que por horas você deve me achar uma louca, intensa e faseada. Mas o que falo vem do fundo do meu coração.

A proximidade rolou naquela mesa de jantar, onde você mal saberia o que esperar e perguntar. E desde então você virou frequência nos meus pensamentos, dia após dia.

O mais louco é que eu não tentei te decifrar, e nem quis dar espaço na minha bolha inacessível. Aconteceu naturalmente, num enredo não inventado de pequenos capítulos, enquanto deslizávamos cerca de 60 km que já diziam metro à metro que o amanhã seria diferente.

E foi! E continua sendo, apesar dos lapsos de bloqueios que você cria, quando percebe que to perto demais. Isso deve ser coisa de quem tem medo de amar, mas deixa a página virar, deixa rolar sem medo de se permitir.

Eu falo se permitir, sem nem saber o que esperar. Porque na verdade, não sei bem os por quês e muito menos o que se passa aí, desse outro lado, ora acessível, ora inexplorado.

O fato é que: olho no espelho, sabendo o quão decidida e cheia de atitude sou, e me questiono qual parte de você me bloqueia, qual parte de você me deixa assim. Com nó na garganta, gostoso e insano de se sentir, mas completa e vazia ao mesmo tempo.

Eu escreveria as mais lindas frases, dançaria com todo coração, te colocaria em cada pedacinho do meu canto de inspiração, cozinharia com toda minha imensidão. Eu mostraria minha melhor versão para você, mas sua atraente timidez me deixa sem palavras, achando que tô incomodando e fazendo você se fechar mais ainda no seu mundo particular.

Eu não peço para fazer parte de todas as suas histórias e nem ser protetora de todos os seus segredos, mas no dia que abrir sua alma e seu coração, me deixa fazer parte dessa passagem? Me deixa viver isso com você?

Não sei mais lidar com tantos pingos fora do “is” e nem ficar sem entender quais cores posso colorir nossas páginas. O louco, bom e estranho continuam definindo muito bem tudo isso. Que loucura, né?!

Independente de tudo, espero e respeito seu momento. Mas saiba que você dividiu sua trilha sonora, e desde então danço no silêncio. Enquanto isso, espero o tique-taque vagaroso das horas para bailar no seu peito, e transpirar todas as palavras que precisam ser colocadas na coreografia dessa nossa afinidade. Essa coisa invisível e difícil de explicar, mas que já tomou uma certa forma dentro da gente. Enfim, como disse sobre nosso reencontro, eu já esperava e continuo aqui, inexplicavemente te esperando!

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