Amores perdidos e reencontrados!

- Uau! Ele tem uns dois metros pelo menos, como eu nos meus 1,60 vou conquistar um cara assim?!

- Sua pequeneza é imensamente grande, garota! Desce do carro e vai lá!

A gente sempre assiste desenho animado e vê um anjinho do bem e um diabinho com aquela pimentinha pra atiçar, flutuando ao lado da cabeça do personagem confuso. E eu, assim como o Pica-Pau e o Tom, de Tom e Jerry, tenho minhas tagarelas. Aliás todo mundo tem, e a gente só vive bem quando tá em equilíbrio com elas.

Mas to contando essa história sem pé e cabeça pra fazer você entender o que aconteceu: eu te vi ali parado na porta do carro, você deu uma batidinha que me fez congelar por alguns instantes. Grande no corpo, mas perceptivelmente grande na alma.

Tudo muito louco, eu sei! Em menos de uma semana a gente começou a se falar e a sensação que tive era que já te conhecia.  Então, encarei o nosso encontro, como um reencontro. E não teve timidez, frescura e nem me importei de me mostrar como realmente sou. Fui de cara e alma lavada, com cara de cansada, maquiagem no fim da vida, rosto inchado e preguiça.

A gente se reconheceu, e digo reconheceu não no sentido de apontar quem eu era, mas a gente se reconheceu, no sentido de dizer "prazer" de novo, com aquela sensação de que os caminhos se cruzaram de novo, mas não da primeira vez.

Eu sei que pra você também foi loucura, mas olha to aqui tranquila e já sinto falta tua. Falta de alguém que nunca foi meu, falta do cheiro e do cafuné. Falta de quem eu perdi em algum momento de outra vida e acabou de voltar, acabou de reconhecer e eu preciso falar que: depois daquele beijo eu passei a me entregar pra você, mas não pela primeira vez, apenas de novo, como num reencontro!