É preciso se perder, para se achar!


Um descompasso intenso, cenas loucas e insanas na minha cabeça, eu, você, nós dois! É, na confusão da vida aqui fora pode ser que as nossas agendas não se batam, que as nossas tão loucas experiências de vida mostrem que a nossa parceria seja apenas ali, na cama, no nosso refúgio, no momento que esquecemos do mundo lá fora e temos aqueles poucos minutos pra nós dois!

E ali, entre tapas tímidos e gemidos que precisam ser explorados a gente se perde, mas se perde na loucura boa. Na loucura que me faz querer um pouco mais de você! Um você que ora me parece tão conhecido, ora tão subjetivo.

A gente se perde de novo, se entrega, fala mal da vida, podemos ser apenas nós dois, tem colo, cafuné, conchinha delícia e você. Isso, tem você, você com minutos dedicados apenas pra “nossa, você é uma figura!” Tem um pouco de você em mim!

E a gente se perde um pouco mais, quando você desce do carro, quando some por dias, quando eu paro de esperar, quando não posta nada para eu saber como está. A gente se perde porque tem medo, porque é muita informação. É quando você e eu voltamos para nossa zona de conforto.

Porque só ali, no de vez em quando é fácil. E a gente já sofreu tanto que termina pensando: “Ah, pra que dar uma chance pro novo?”, “Melhor deixar como está, tenho medo de me envolver”, “Tô com outro foco na vida, não tenho tempo pra nada”, “Eu tenho medo de trocar o certo pelo duvidoso” e por aí vai.

Mas aí a gente deita naquela conchinha delícia, depois daquele sexo que mistura carinho e tesão, e fala da vida, dos medos, dos nomes dos filhos, de tudo, menos de você e eu. Porque, cara, esse você e eu é tipo coisa que a gente já andou fugindo há uns bons anos.

E você sabe, eu nessa minha intensidade, nessas minhas pernas trêmulas, nesse meu corpo de mulher e desejo de menina acabo me inspirando. E é tão gostoso sonhar, saber que estarei ali pra você (não importa o que aconteça) e vice-versa (será? Rs), e então, eu deixo a caneta rolar no papel e é como se estivesse aqui.

Se perdendo de novo comigo, deixando aquele cheirinho se espalhar no meu corpo, me beijando como ninguém nunca beijou, me amando (mesmo que seja segundos de amor), mas sendo meu. Se perdendo e se achando em mim! Porque a vida é feita disso, de desencontros, que fazem sentido lá na frente.

Eu, canceriana e sentimental, prefiro encontrar respostas para o que não existe, ao invés de acreditar que todo encontro é uma perda. Porque é preciso se perder, para se achar! E mais que isso é preciso coragem para se permitir amar e ser amado.


Mas prefiro deixar essa história para outro momento de inspiração. Porque, por enquanto, o meu único desejo é me perder, pra você me achar!

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