No seu timing...fecha os olhos e vem!
Dá tempo ao tempo! Essa é uma frase clichê que vira e mexe a gente escuta por aí. Mas essa porra de dar tempo é algo bem louco e intenso pra quem imediatista como eu, quer ver além do problema, quer de cara a solução.
Nunca fui de empurrar com a barriga e chorar por conta de um problema dias a fio, foco logo na solução, na postura que precisa ser mudada e onde as energias precisam estar para resolver a situação. Na verdade isso até me move de certa forma...
Mas no amor, esse lance (que funciona muito bem no trabalho) nem sempre dá certo. Porque eu sou a intensidade em pessoa, eu não sei ser metade, não sei ser meia boca, não sei dizer “talvez”, pra mim é assim: ou vai ou racha.
Eu já disse aqui, que quando a gente ama não funciona assim. Porque o tempo, ah a porra do tempo, é tão relativo. O meu timing pode ser totalmente diferente do seu e vice-versa. E é exatamente nesses momentos que eu me atropelo, que meto os pés pelas mãos e a minha intensidade vira insanidade.
Não, não estou assim porque pediu um tempo pra postar nossas fotos. Porque pra mim amor de verdade vai muito, mas muito além de declarações desesperadas nas redes sociais.
E olhando a gente de fora, certamente o nosso amor parece loucura, mas pra quem está dentro dele, o amor verdadeiro soará sempre como a mais incancelável das razões. Ainda bem!
Podem passar quantas quiserem na sua cama e eu posso me acomodar em diferentes conchinhas, o que é nosso pertence apenas à NÓS e ninguém no mundo pode nos tirar isso. Podem até fazer a gente enxergar de outra forma, mas não sumir com o nosso sentimento.
E analisando um pouco mais a fundo percebo que o que acho de mais legal na gente são as nossas diferenças. Eu sou o arroz, você o feijão, eu sou a noite, você o dia, eu sou a soneca da manhã, você é o despertar pontual.
Te irrita o meu prazer em atiçar a sua curiosidade. Eu escolho os romances, você os filmes de ação. Você dispensa a televisão que eu insisto em deixar ligada. Você é o whisky, eu a tequila. Você o calor, eu o frio.
Mas em meio a tantas diferenças eu encontrei você. Amor louco e intenso da minha vida. E mesmo quando eu chacoalhei a nossa caminhada, engavetei as dúvidas e tirei o peso pra viver esse amor eu percebi que paramos ali no tempo.
Como se todas as dores fossem menores do que o que sentimos, com exceção de uma coisa: o medo! Mas olha amor, acredite em mim. Venha sem medo, traga os seus sapatos para brincarem com os meus, viva esse baile da nossa vida como se fosse o começo, o nosso recomeço.
Eu sei que o mundo acontece. Nós acontecemos. Em meio a circunstâncias insanas e inexplicáveis, nós simplesmente acontecemos de novo. Tem tudo pra ser simples. Mas não é, não está sendo...
Mas aí voltamos de novo a falar de tempo e talvez escrever isso tudo seja uma perda de tempo. Mas nada
vai ser diferente, se não dermos tempo ao tempo para descobrir verdadeiramente o que levamos conosco, no nosso mais íntimo.
Por isso, eu volto a repetir “dê tempo ao tempo”. Mas não se prenda a conselhos desnecessários, siga apenas seu coração. Na vida, nada, eu digo NADA, segue uma mera receita de bolo. Mas há algumas coisas que a gente pode fazer pra ajudar.
Primeiro, livrar-se de tantas expectativas (parte mais difícil pra mim), do que virá amanhã ou daqui um mês; em segundo da perfeição, deixa de lado esse lance de tem quer ser assim ou assado, faça do jeito que te faça feliz, e por último, mas não menos importante, livre-se dos medos estagnantes.
Mas não se demore muito neles. A felicidade é feita não só pra quem busca entender o timing perfeito, é feita de coragem! Por isso, eu te peço no seu timing, sem presa, vem, mas vem por inteiro!

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